Aqui depoimentos da galera sobre o Orgulho de ser de Balneário Camboriú
        (Todo mundo está convidado a escrever (pode repetir)  seus textos e enviar p/ klauskaiser03@terra.com.br)
       
Comissão Organizadora: por favor não enviem textos em caixa alta e, por favor, coloquem os acentos, o resto vale.

Por: Ary Busseti Filho

Era outono de 1975, mais precisamente novembro, noite, o que tinha para fazer no Camboja, nada, o pessoal estava esperando o inicio do verão, já eram quase 8 da noite e é lógico, quase sem ningum na rua. O que a molecada daquela época tinha que fazer, ora guerra de baga, isso mesmo essas que estão pela orla, turma dividida, David, João Adão, Lâmpada, Bruno e Álvaro Silva e eu. A guerra começou legal, levei umas mandei outras e lá pelas tantas o David ficou sozinho encurralado no muro da construção do prédio onde está hoje o Hypo Kampos, muro este bem baixinho ( para a altura do David) e o cara pulou, só que do outro lado o buraco era enorme sem contar uma porrada e meia de cacos de vidro, não deu outra, berraceira: - me cortei todo gritava o David, para tudo, o João Adão estancou o sangue com a força da mão segurando firme no pulso. Leva para onde? Brilhante idéia minha, vamos lá em casa, morava no Ed. Miramar aquele esquina dá central c/ atlântica, só me esqueci de uma coisa, a minha avó de setenta anos estava lá, olha o susto na véia. Já cheguei berrando para minha mãe vir ajudar enrolamos uma fralda no pulso do David. A entrada do prédio ficou com vários pingos de sangue, no elevador ficou um rastro de sangue, o botão do 11° do andar tava marcado com as impressões digitais do João. Foi muito instrutivo esse acidente, aprendemos a agir rápido para salvar um " amigo ". Algum tempo depois abri a cabeça do David nos molhes da Atalaia, mas isso é outra História...

Ary Busetti Filho.
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Por: David Rauh (
Cambojanos – na visão de um haole)

Salve habitantes do Planeta Balneário Camboriú! Levem-me ao seu líder! Mas antes quem sabe a gente toma umas cervejas (ou pode ser um Capeta – daqueles que rolavam na Barra Sul, hit de vários verões)
Sou haole sim, já chego admitindo para não haver engano. Mas como pude notar, muitos dos ilustres representantes da “raça Cambojana” também vieram de fora e aqui encontraram um solo fértil (ou mar fértil) para se criarem e escreverem suas histórias de vida. Portanto, dá licença, que tenho o maior respeito e orgulho por BC.
Minha relação com o lugar começou igual a de muita gente: o sujeito vem com a família passar todos os verões, feriados e fins de semana possíveis neste recanto do Atlântico. No meu caso, faço parte das levas de colonos do Vale do Itajaí, mais precisamente da “Metrópole” Indaial.
Logo, a conexão com o mar, a partir das pranchas de isopor Guarujá me levou para os cantos certos da praia. Com algum tempo, e já com uma prancha de fibra Mar Cristal debaixo dos pés(meu sonho de consumo era uma Marbella), passei a presenciar muita coisa que acontecia no outside.
Vi o Bilo voando nas merrecas e morras e usando hand fins – sempre pensei “pô esse deve ser o irmão bastardo do Martin Potter”, fui enxotado da água algumas centenas de vezes por Cássio e sua gang, fiquei sem ação quando na esquerda vinha André Huebes, e ao tentar entrar em alguma direita já era tarde pois o Ícaro vinha detonando lá de trás. Aqueles dois meio que anteciparam os vídeo games em que a pessoa tem que desviar dos obstáculos, pois costuravam surfistas, bodyboarders e milhares de banhistas nos verões crowdeados de BC. Também observei horas a fio o Teco fazendo a linha do surf com os dedos, lá fora, enquanto a rainha da séria não chegava pra ele detonar. Consegui entrar pelo canal em frente à Ilha das Cabras no ressacão de sudeste que deu em 88, quando a arrebentação e o parcel eram uma coisa só. Esperei horas pra pegar uma direita no costão de 4 Ilhas pois o Saulo Lyra havia “fixado residência nas pedras” em um verão que já se perdeu no tempo e por aí vai.
A partir daí, torcer pelo sucesso da galera nos campeonatos, ou curtir ver Balneário Camboriú nos resultados de competição da revista Inside foi um passo natural. Circuito ANOCAS, Copa Catarinense de Surf, e depois David Husadel no circuito brasileiro e Teco e Neco no mundial.
A conexão com o desenvolvimento do surf Cambojano era total e só crescia na medida que o tempo passava. Pô, ter como chará, nada mais , nada menos que David Husadel, me garantiu prestígio por muitos anos no Colégio Franciscano Santo Antônio, em Blumenau (valeu David keep on rockin!) Onde também presenciei a dupla dinâmica Lale e Fabiano. O primeiro sempre no look de sua jaqueta da PCH (Pacific Coast Highway) e sorriso Colgate para as burguesinhas Blumenauenses, e o segundo, dando batidas e cutbacks pelas paredes das salas de aula.
Meu primeiro autógrafo de um PRO Surfer também veio daqui. Fabiano Fischer, quando era patrocinado pela Balinês, cheio de boa intenção conseguiu mandar um garrancho que dizia: estudem e pratiquem esportes, assim vencerão! Ass: Fabiano Fischer.
Mas o que sempre me chamou a atenção em Camboja foi sua aura underground. Ali o bicho pegava. E diferente de outros lugares do estado, Camboja tinha uma fauna. Surfistas, playboys, Agroboys (nas temporadas), rockabillys, headbangers, freaks, fanfarrões, porradeiros, skatistas, voadores e tudo o que se possa imaginar. Talvez nem sempre em harmonia, afinal, quem precisa disso? Mas sempre por lá, fosse na praia, na pracinha, ou na barrasul, o caldeirão de Camboja se fazia presente.
Para mim, o surf em Santa Catarina se definia em 2 partes: Camboriú e o resto. Mesmo sempre sendo acusado de preferir as merrecas às morras de Imbituba por exemplo, a cidade possuía um quê de Califórnia. Ali os galegos de olhos azuis surfavam de dia e cometiam suas delinqüências à noite. Mas a cultura do surf, underground ou não sempre estava lá. Foi em BC que vi pela primeira vez alguém surfando virado da noite, algo que considerava impossível até então.
Mas foi em 2007 que a certeza que o surf e a raça de Camboja têm algo de diferentes se confirmou pra mim. Naquele ano tive a oportunidade de ir no churrasco da galera da Vila, da Joaca e do encontro de gerações de BC. A Vila tem uma ligação roots com sua onda, seus locais tem um orgulho neandertal de fazer parte daquilo, algo puro, básico e bonito. O da Joaca, com todas as suas homenagens e brincadeiras entre a raça foi legal, mas o tom daquilo não passou de uma genuína confraternização entre surfistas. E quando cheguei no de BC foi o baque. Vi tudo o que os outros churrascos tinham: orgulho de ser do lugar, tradição, amizade, muito esporro e boas histórias. Mas além, disso vi uma união acima do normal pra uma galera do surf. A velha guarda fazendo questão de receber bem e incentivar a nova geração, vi o Bilo apelando para que os presentes se ligassem na questão da proposta de aterro da praia de Camboriú, vi o Klaus se debulhando em lágrimas a cada história marcante dos colegas que se foram (parei de contar na 4ª chorada dele), vi o Teco e Lale com nó na garganta falando de seu irmão de criação Peninha, vi Ícaro fazendo um discurso que faz jus a toda responsa e moral que ele tem dentro da ASP.
Pô, mas como é que um lugar não tão privilegiado de ondas foi e ainda é o maior celeiro de talentos do nosso surf? Trabalho sério? Amor ao que se faz? Talentos individuais? Pode até ser. Mas acho que o que percebi na atmosfera daquele encontro de gerações acabou respondendo minhas dúvidas: a amizade verdadeira entre as pessoas de BC move montanhas. Ali a vitória de um é vitória de todos. Tudo isso só reflete com clareza a hegemonia de Bc no cenário do surf catarinense, e por que não dizer presença no nacional e internacional?
E se hoje em dia as ondas não tem aparecido tanto assim, o espírito de amizade de todos que tem aquela água salgada meio barrenta correndo nas veias permanece intacto.
Um abraço do haole.

David Rauh
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Por: Luciano Fischer

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Sempre digo que sou nascido em Blumenau, criado em Floripa e radicado em BALNEÁRIO CAMBORIÚ.
Cheguei para morar de vez em 1984, pois só passava as férias de verão aqui.Tínhamos uma casa na Rua 951, casa esta que a galera curtiu bastante.
Naquela época era SURF todos os dias e na noite era *pracinha*, *fliperama*,*video bar*,*Saloom bar*, e o grande Baturité, e o melhor de tudo é que todo mundo se conhecia.
Tínhamos ótimas fábricas de pranchas, no qual trabalhei em duas, a Skipp Free do Sandro Bernardoni e a Marbella do Paulinho Pequeno que também me patrocinava junto com a Super Pão (Padaria do Sérgio Laus) e o Saloom Bar do tio e da tia, pais do Dugui.
No surf cada ano que se passava víamos grandes surfistas surgirem pois Balneário Camboriú sempre foi a maior campeã do estado.
Dentro disso tudo tenho uma grande amizade para destacar, pois a muito tempo é meu melhor amigo: *KLAUS KAISER*, figura de grande destaque no surf de Balneário e de todo o Brasil pelo trabalho que faz, trabalho esse que fez surgir o ENCONTRO DE GERAÇÕES que começou na praia e este ano com certeza será a maior festa do surf.

PARABÉNS KLAUS KAISER POR FAZER ESSE ESFORÇO PARA REUNIR TODOS OS ENVOLVIDOS NO SURF DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ.

HOJE TENHO UM GRANDE ORGULHO DE SER DE BALNEÁRIO CAMBORIU

a todos um grande abraço e até dia 26/12/09 na casa do Bellini.

Luciano Fischer
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Por: Nagel Mello


Galera Cambojana!!!

Lendo os depoimentos da raça muitas lembranças vem a cabeça, tive o privilégio de fazer parte dessas gerações... você chegar na praia de prancha de isopor, ver as séries entrando na frente do Maxim e dizer: FUDEU!!!!

Séries lé fora e na água, Bilo (zolhudo), David (Tattoo, Anão), Havaino, Lâmpada, Mostarda, Saulo...., todos de monoquilha, e olha que a rapaziada representava.

As histórias aqui contadas (Charles "Paca " Padaratz, Fabiano "Ipiti " Fischer, Leonato "Bumba" Huebes ) são de uma veracidade incrível...hahahahahaha.......demais aquelas barcas....lá na festa a gente conversa.......

Bilo e David, pedindo aos meus pais para me levar prá Floripa, correr o Catarinense (naquela época era uma categoria só). Fusca do David, barca feita....Joaquina de gala....lista de baterias, estava lá: Bilo, Luis Neguinho, Nagel Mello e mais um.....hahahahaha....fudeu nego!, tinha 16 anos.....surf é surf.....bateria é bateria.....estou eu lá me dando bem.....quando entra atrás da Pedra Careca a onda do dia....eu no pico....onda era minha...prá ganhar....eis que o Sr. Waldemar Wetter (o Bilo), vem fumando pra cima de mim, remando e berrando igual um doido prá mim deixar a onda prá ele...hahahha...resultado? deixei é obvio......perdi né! nego....mas aprendi ........

Muitas amizades , muitos desencontros, coisas da vida, brigas aqui e ali....mas no fundo a gente se respeita....

Amigos que se foram.....outros casaram......outros no mundo do surf...outros na música......e assim vai.....

Certa época larguei do surf....estava de saco cheio...só baladas....playboyzada..coisa de louco.....casei.......tenho uma filha linda......flamenguista e que já deu seu primeiros passos nas ondas....

Cara, mas morando aqui neste pedaço do sul do mundo......não tem jeito...voltei com tudo......fiz algumas viagens: Australia, Peru, Venezuela, El Salvador.......mas Camboja é Camboja.....

Meu! tenho tanta coisa pra contar....mas isso vou deixar lá pro Encontro.....hahahahahaha.......

Charles, Fabiano, Luciano, Andre Huebes, Leonato, Neco, Teco, Ícaro, Bilo, David, Havaiano, Marco Reis, Balock, Mostarda, Lampada, William  Pastro, Didi, Saulo Nunes, Pepe, Gugu, Rapinga, Klaus,Harry, Macuco, Saulo Lyra, Mickey, João, Mario, Perereca, Pedrinho Norberto, Pedrão, Sérgio Kellermann, Jackson.....a lista é grande.....mas só prá finalizar:

"DIVIDIR O OUTSIDE COM OS AMIGOS AINDA É O MEU MAIOR PRAZER NO SURF" (Só deixem aquela direitinha pro tio aqui!)

Nagel Mello, 42 anos
Freesurf e ainda representando a firma!
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Por: Georgia Mello

Klaaaaaaauss, E ai beleza??? Quanto tempo! Então, estou aqui em Oz (Down Under) ha mais de 3 anos mas sempre ligada nos assuntos Balneares e é claro acompanhando os eventos surfísticos e tal! Muito legal o site, tô sempre de butuca vendo as fotos das antigas! Voce deve lembrar que surfei quase 7 anos competindo os circuitos de Balneário, Catarinense, Gaúcho, Paranaense e Brasuca e fui uma das primeiras bodyboarders da região, junto a Carol, Titi e Tati, Tchutcha, Silvinha Cesário e outras que levaram o esporte a sério! E olha que eu não tinha medo de mar grande não! hahahah. Tenho várias fotos mas em casa no Brasa, achei essa aqui no Orkut e acredito que ia ser uma contribuição legal para o arquivo, Tá pequena mas vale a intenção! Olha a molecada: Aqui na premiação de um Campeonato Catarinense, não me lembro o ano, mas foi lá por 89.. acho eu! Ah! eu to na ponta da direita, a da frente é a Tati Sobe, e os meninos, é claro vocês conhecem todos!
Em foto histórica (em cima, da esquerda para a direita): Neco Padaratz, André Huebes, Luli Pereira, Geraldo Souza, Christian Vaccaro e Georgia Mello. Agachados: Rafael "Rapinga" Brandt, Fabiano Fischer e Titi


Beijos cangurus e tudo de bom!

Gegel (irmã do Nagel Mello)
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Por: Charles Espíndola Padaratz

Klaus,

Galera, inspirado no depoimento do Alemão Ibiti Fabiano Fisher, vou mandar alguns momentos memoráveis...

Sem dúvidas, momentos de camboja, da pra escrever um belo livro...

- Correção no depoimento do Alemão, O Baile de Debutantes foi em Timbó, e apareci as 11:00 da manhã de smoking no meio do campeonato.

Momento Oktoberfest, pois fez parte de muita gente, aée casamento saiu lá...

- Nagel Melo, Fabiano Fisher, Leonato Huebes e Charles Padaratz, na Beira Rio de Blumenau, 4 caixas de 24 latas, sendo 3 Skol e 1 Schincariol....para os mais novos Nova Schin....claro que esta era do alemão...tomamos as 3 caixas de Skol gelada, e a quarta caixa (Schin) ficou no Kadet GSI do Nagel Melo a tarde toda, mas a caminho da Oktober, a sede bateu e tomamos elas, morna do calor do porta-malas....que dor de cabeça do cacete, mas paramos no posto e tomamos um banho de mangueira pra chegar na Oktober bem....

- No mesmo dia,antes de sair para Oktober e tomar a caixa quente, o motivo era porque o Alemão estava meio nervoso,e o Nagel e Leonato, colocaram ele de cabeça dentro do isopor, pra esfriar a cabeça, ele quebrou o isopor todo...

- A caminho, depois de beber a caixa de Schin quente, um carro ao lado com 3 gatinhas dando mole, alguém botou pilha, sai do nosso carro pela janela, entrei no carro ao lado pela janela, "conheci" as meninas, e voltei ao nosso carro alguns minutos depois, e claro pela janela, sem abrir as portas dos carros...deixar claro que essa, a Jerusa ainda não existia na minha vida....

- Os mesmos 4 acima, em um determinado dia, pegaram uma carona na volta do dia seguinte a Oktober, com o Edson (Tio do Leonato) escutando Zig Zig Sputinik num Del Rey novíssimo...

- Os mesmos 4 acima, dormindo no chão da casa da Vó Norma, em Gaspar, pois proibiram agente de voltar dirigindo depois de beber...já éramos adeptos da lei seca a mais de 20 anos atrás.

- Alemão e Peninha, fazendo competição de quem agarrava mais mulher, qualidade obviamente não contava pontos, mas exigia coragem, então o Alemão já estava ganhando de 4 pontos de diferença, mas de repente o Peninha aparece com a melhor de Cabeçudas, e não preciso dizer nomes, e nós decidimos que o Peninha tinha ganho o jogo, pois aquilo seria imbatível....Alemão concordou plenamente...

- 6:00 da manhã de um domingo, após uma grande jornada Oktober de mais de 15 horas, os 3 amigos de Oktober no carro, me esperando enquanto eu azarava uma loirinha, de cabelo bem comprido...o Nagel berra, Padaratz, larga esa crente aí!!!!....não larguei, e acabei casando 3 anos depois...o nome dela, Jerusa (COM "J"), para ficar só um pouco diferente do meu grande amigo Fabiano...

- Bumba, Alemão, eu fazendo competição de quem bebia mais coposs de chopp...vencedore Bumba com 27 copos (13 litros), Fabiano 25 copos, Peninha 20 copos e eu, fraquinho que era prá bebida, apenas 13 copos....

- Algumas voltas de Blu, não lembramos, mas era o Nagel dirigindo, e cheguei a conclusão, que nossos anjos da aguarda eram muito fortes,e quando chegarmos lá em cima, vamos ter que prestar contas com eles, pois tiveram muito trabalho.

- Eu, no meio da tarde na Beira Rio, vou até a ponte, arranco o gesso da perna quebrada, que já estava "quase" boa, e arremesso longe no Rio Itajaí Açu depois de 6 meses de parceria do Gesso....Motivo do gesso? Muitos já conhecem, mas fica para um próximo capitulo...

- Fabiano e eu, as 3:00 da tarde, de uma quarta feira, no intervalo da aula do Santo Antonio, na frente do Bude, tomando Chopp antes da aula de física no professor Peninha (não é o mesmo de BC, mas meio maluco igual). Imaginem a aula.

- Fabiano, cai da carteira na escola, após ela ter quebrado. Um amigo, que me falhou o nome  agora, promove um enterro da carteira, com direito a marcha fúnebre. Conclusão, todos no gabinete do Frei Pascoal, comunicando a expulsão do nosso amigo. Levantamos e dissemos, se ele for, vamos todos nós, e seria horrível para imagem da escola mais tradicional de Blumenau 40 expulsos na última semana de aula....salvamos o cara da expulsão, mas ele reprovou igual...rsrsrs....

- Fabiano e eu, treinando para os campeonatos, com uma corrida diária na Alameda Rio Branco em Blumenau, e damos de cara com a Professora Sonja de Química, sentada na sacada de sua casa. Ela fala, vão estudar química, pois surfe não vai levar vocês a lugar nenhum. Mal sabe ela, que nos levou a lugares, momentos, amizades maravilhosos, mas ela tinha razão, dinheiro que é bom também nada...o Alemão até ganhou algum, mas os outros 3 do quarteto fantástico, de jeito nenhum....

Ha outras historias, mas o conteudo me impede de tornar publico por escrito, mas conto no dia da festa...

Alemão, Nagel e Bumba, acho que podemos escrever um livro....pois se contarmos aos netos, eles não vão acreditar em nada do que fizemos..

PS:  Revelação, o primeiro time do Teco, era a Chapecoense, em breve fotos para provar....hehhehehe...

Charles Padaratz, sobrevivente da jeventude de BC....

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Por: Sérgio Kellermann

Balneário Camboriú anos 80, entrei na água, dia lindo de sol, terral, alllltas ondas no Maxim, (PÉ NA COVA lembram?), o Lâmpada me disse que eu tava craudeando o pico e eu fiquei amarradão, achei que ele estava elogiando meu surf (rsrsrsrsrsr), depois de descer umas trinta ondas reto e quase matar o Nagel...rsrsrsr, saio da água, e o Nagel, Marco Reis, Luciano Fischer, Mostarda, Lâmpada, Touro e cia. atirando baga (daquelas árvores que tinham nas antigas lembram?), na pranchinha monoquilha (vermelha e branca), fora as cusparadas no espelho da prancha...terror psicológico...fazia parte...era sair correndo prá casa da mamãe rsrsrs....quem manda ser prego...rsrsrs...isso sem falar muito tempo antes disso, no dia que vi o Malhado vindo entubando uma morra de direita no centro em frente ao atual Maxim...quebra côco do caralho, prá varar meu irmão..era pesado....detalhe...a prancha do Malha era de isopor (Rio Santos), eu só surfava de (Guarujá), achava mais fácil ficar de pé e me equilibrar..heheheh..bons tempos...era sair da água e ver o Touro (lembram dele?) com seu Chevette com as portas abertas em frente a Atlântica...era tudo liberado irmão...azarar na beira da praia, comer massinha e choco leite o dia inteiro...quando rolava um salsichão no latão era luxo....caralho..quantas lembranças boas...isso sem falar no Roma, no Maramba, nas explorações a pé prá Brava via Praia do Côco, no Parcel,..caramba...ver o zoiudo do Bilo surfar todas, e ai de quem rabeasse ele...era foda...mas ver aquele cara surfar aquelas direitas alucinantes que quebravam no centro, e passar a mil por hora as sessões e dar aéreos descomunais foi um privilégio...eu vi galera....hehehe...o cara era gênio, aéreo, 360 de back side, batidas de jogar a onda pra trás...o cara fazia tudo isso há mais de 20 anos atrás...sem nenhum DVD de surf, sem muita revista, sem muita informação, era puro instinto...du caralho... Nagel, Bilo, Reis, Família Fischer, Teco, (Neco nem existia ainda acho eu, tava dentro do saco do pai dele ainda....rsrsrs), Saulo Lyra, Lâmpada, Bigode com sua corrente no pescoço...o que era aquilo?...punk...rsrsrs..., Mozart, Berlim, Carão, Alemão, Cacau, Betão Mussi, Mostarda, tantos outros que se for listar vai dar uma bíblia de tantos nomes, consagrados ou não, mas que fizeram parte da minha historia de vida, e da vida dessa cidade maravilhosa que tanto amamos. Hoje são outros tempos, prá ser sincero eu preferia aquele dos anos 80, mas não voltam mais, e só nos resta aceitar o progresso e a globalização -   faz parte - mas como diz o ditado o melhor surfista é aquele que se diverte e que sempre tem um sorriso no rosto, mantendo isso vivo dentro da gente tá tudo certo, o resto vem com o tempo. Lamento não poder participar mais uma vez desse encontro, mas é por justa causa, vou atrás delas de novo (ondas), então aloha a todos, continuem no outside sempre e que Deus continue iluminando nossos caminhos.

Boas vibrações raça de Camboja....caraioooooooooo!!!

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Por: Jackson Berlim

Tenho que agradecer a Deus e aos meus pais por me trazerem para morar em BC em 1980. tive o primeiro contato com o surf, o que mudou a minha vida.
Nessa época o surf era uma magia única que sentíamos os poucos surfistas que haviam em BC. Surfávamos o dia inteiro, sem roupa de borracha, com pranchas que mais pareciam troncos, éramos uma comunidade unida e com certeza muito felizes.
A magia que tem BC por estarmos em nossas casas, no centro de BC e ao mesmo tempo dentro da água, surfando essas ondas perfeitas e berço de vários nomes com reconhecimento nacional e até internacional.
É isso aí...., se liga aí irmão!  se tiver um atleta de Balneário Camboriú na tua bateria, pode ralar porque vai ser pedreira!!!!!!!

Por isso e mais um monte de coisas que eu tenho orgulho de ser Cambojanoooooo!!!!!

Abraços,

Jackson Berlim
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Por: Fabiano Fischer

Apesar de freqüentar Balneário desde que eu era um inocente Bebê, pois meu Avô era de Blumenau, mas freqüentava e tinha casa em Balneário, o Orgulho de ser Cambojano surgiu em 1984, quando estudei em Itajaí e fiz minha primeira turma de verdadeiros e eternos amigos: Leonato, Sergio “Killerman” e Charles eram quem mais me escutavam falando e pensando em surf..., e neste início de nova vida, quando defendemos a honra dos de Balneário em um campeonato contra “um fera forasteiro” (Zé Paulo, que visitava o Pai de Navegantes), pegou no sangue, e este orgulho foi aumentando fim de semana após fim de semana, competindo no Pro-Anocas, Taça Santa Catarina, etc, etc...
 

Porém, orgulho de ser cambojano é ter lembranças pessoais que apenas nesta terra e com estes personagens poderiam acontecer:

  • Em 1989, me machucar numa merreca na frente do Maxim, e ser “ajudado” pelo Leco, no auge dos seus 40 kg, e no máximo 1,50m de altura !!!
  • Ter pego a primeira prancha do Carão, em 1984, só pra ver... sair correndo e surfar 03 ondas antes dele inaugurá-la !!!!
  • Encontrar o Juliano Zomer, que não vejo a muito, e falar como se fosse ontem...;
  • Poder dizer que já surfou uma bateria com o Bilo !! Inesquecível !!
  • Falando em Bilo, ter surfado com uma prancha que ele já surfou... mais moral, o Bilo pedir tua prancha pra surfar 03 ondinhas !!!!!!!!!!!! Maaaaiiisssss moral, em 1985, São Francisco do Sul, chegar no out side antes do campeonato e ter seu nome chamado bem alto pelo Bilo !!! Caralho, todos queriam saber quem eu sou, pois o Bilo sabe meu nome !!
  • Ter escutado AC/DC dentro do Baturité - provavelmente coisa do Cabelito, a nosso pedido!!
  • Ter visto um loirinho surfando com uma linha incrível, de K&K triquilha, com seus 03 meses de prancha de fibra... mais tarde ficou conhecido como Teco Padaratz;
  • Ter corrido o 1º campeonato de surf da vida, organizado pelo Klaus, em janeiro 1984... Foi na praia do Coco, sem onda...
  • Ter visto a cara irada do Ivan Fajardo (muito cabeludo), porque estávamos jogando um inspiradíssimo “machobol”no Maxim e sempre interrompia quando uma gatinha chamada Gerusa chegava mais perto – Gerusa hoje é minha Esposa...
  • Ter conhecido o Peninha, em um fliperama, na esquina da Central com a Atlantica;
  • Chegar em casa na hora do jantar, comidinha da mamãe, e não jantar, pois se empanturrou de massinha com a surfistada na frente da casinha !!
  • Junto com o Branco, ter organizado uma festa no Baturite, entre natal e ano novo, com banda Metal (Sindrome) !!!!!
  • Ter visto o Neco surfar com prancha de isopor, mas com quilha de madeira;
  • Ter surfado com a Marbella nº 07 cheipeada pelo Paulinho Pequeno!!!!
  • Ter conhecido a coleção de LPs do Klaus.. era Rush ou era Kisss, uma era do Klaus, outra do Cesinha;
  • Tentar entender porque o Charles não se dedicou a um campeonato, porque tinha baile de debutantes em Itajaí;
  • Ter tido o Peninha de “técnico” na praia, só que estava sempre virado para a areia, de costa para o mar... muitas menininhas...
  • Ter participado por anos da barca com Nagel Mello, Luciano Fischer e André Huebs – Equipe Marbella – Muito Show esta época...
  • PRINCIPALMENTE, chegar aos 40 anos e ver alguns troféus na estante, mas lembrar sim é dos amigos e histórias (que poucos acreditam) com a galera Cambojana, durante os mais dourados anos da minha vida !!!

Tem muito mais... para minha sorte !! 

Grande abraço a todos !!!

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Por: Leco Angioletti

Sou filho de Balneário Camboriú, meu avô materno José Lino Koerich, foi um dos primeiros construtores da construção civil da nossa cidade, e meu avô paterno Jacó Angioletti foi um dos homens responsáveis pela construção do molhe do Marambaia...

Comecei a me interessar pelo surf por causa do meu irmão, Orlando Angioletti, que pegava onda na época com o Branco, Cassio Farias, Klaus Kaiser e outras figuras ....

Minha primeira prancha foi uma Flay 4´9" que o meu irmão comprou da família Pereira, era a primeira prancha usada pelo Luli Pereira e logo em seguida veio parar nas minhas mãos .... lembro como fosse hoje !

Depois veio a fissura eterna e a vontade imensa de ficar o dia todo no mar, várias competições depois disso, sempre junto com o Luli, Malhado, Malhadinho, Cuca, equipe Auto Elétrica Jacaré, Terence, Paulinho Pereira, João, Mario, James Santos, Wasla, Thiago Macaco e mais uma galera que fazia parte da turma na época... E assim foi por mais de 15 anos a fio!

Dava para ficar citando várias historias aqui sobre Balneário Camboriú e o surf, mais o que quero salientar é que a amizade que essa rapaziada tem um pelo outro é algo muito legal, divino e verdadeiro..... Que Seja Eterno esses laços de amizade e que Deus possa estar iluminando a cada Amigo e suas Familias!

Abraços,

Leco Angioletti,  31 anos de idade, 31 anos de Balneário Camboriú e 22 anos de surf na frente da  MAXIM,..rsrsrs!!

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Por: Marcos Pasetti

Caro Amigo Klaus e todos que fazem parte desta galera de Balneário.

Em 1975 meu pai nos levou a uma praia diferente da que normalmente íamos no verão, somos de Caxias do Sul, e na época me lembro bem apesar dos meus 4 anos de idade, que esta praia era maravilhosa e pedi pro meu pai para passarmos sempre as férias somente nesta praia.

Em 1983 meu pai vem com a notícia que a praia que tanto amamos ia ser nossa residência dali pra frente, eu tinha apenas 12 anos e ali começou a minha verdadeira história, eu acabava de me mudar para Balneário Camboriú, numa época mágica, em que todos se conheciam, todas as festas eram sempre marcadas pela presença de figuras como o Napoleão, Fabiano Fischer, Cacau, Cássio, Peninha, Branco....e por ai vai....uma época em que meu irmão tocava no 765 no Saloon e eu ia lá pra beber de graça com figuras como o Klaus, Richard, Camarão, Mussa, Gago, entre outros....

Casei com uma pessoa maravilhosa, nascida em Balneário, minha filha nasceu em Balneário e digo que com isso ganhei a cidadania Camboriuense. Surfei na década de 80 com o Etiópia, Malhado, George Kogeca, Babau e muitos outros, e até hoje me arrependo de ter parado, pois meus maiores amigos de Balneário são surfistas....mas mesmo não surfando estava sempre na água, pegando onda de jacaré no Estaleirinho.....apesar de não morar mais em Balneário a mais de 5 anos ainda me sinto filho desta terra, e minha despedida foi na mesma época da primeira edição do Encontro de Gerações e estar presente na foto que se encontra neste website é uma honra, então queria mandar um abraço a todos e dizer que vc pode tirar o cara de Balneário, mas nunca vai tirar Balneário Camboriú do cara......

Abração e bebam todas por mim na festa.......

Marcus Pasetti

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Por: Thiago Relvas

Voltando ao tempo, 26 anos exatos, tive meu primeiro contato com as areias e ondas de BC! Um dia frio de Julho/1983!

Ainda não residia em BC (Somente em 1985, meu pai teve a sábia decissão!), mas o simples toque dos pés nas areias ainda brancas e da gelada água em frente a rua 2000, envenenaram meus sangue, que deste dia em diante se tornou parte de mim!

E neste dia visualizei onde realmente criaria minhas raízes, histórias, amigos, aventuras, futuro, presente, passado!

Tive o prazer de surfar por diversos invernos com apenas um grupo de amigos na frente do Ed.Paraíso, surfávamos como se nada mais existisse a não ser as ondas, praia, sol, frio, fome de ondas! Um grupo que até hoje continua unido, mesmo a distâncias enormes: Eu, Fabiano Cavaletti, Carol Beltrão (In Memorian), Thiago Macaco, Jacaré (In Memorian), James Santos, Gil (Star Point), Cacharrel, Marcelo Macuco, Amilcar Gazanica Jr, Jacó, Christian Vacarro, Levegildo, Marcão (Banda Sydrome), e muitos outros que passaram pelas águas do pico do Ed. Paraiso! Alguns perderam o contato com mar, mas tenho certeza que sentem falta!

O surf era assim no inverno: Surf de moleton (ninguem tinha neoprene ainda), fogueira pra aquecer (hoje impossivel se fazer isso), uma brincadeira chamada Mamãe Cassete (na qual era impossível sair sem hematomas...ehehhe).

Muitos não sabem, mas foi a Carol Beltrão que foi em casa, pediu dinheiro pra minha mãe e me inscreveu em meu primeiro campeonato sem eu saber, apenas comunicou na noite anterior ao evento!

São muitas histórias, "causos" pra contar de Camboja, só quem é da terra sabe! Defendendo sempre com todas as forças e a alma Cambojana!

Durante este anos todos, o que mais me orgulha no esporte e amizades, é saber que eu sou membro dos "CAMBOJANOS"! Mais que uma galera, uma FAMÍLIA!

Abraços

Thiago Relvas

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Por: Gilmar "Quati" Fabris

Hoje casualmente encontrei com o Leko, quando me falou desta festa de confraternização do pessoal das antigas com com a nova geração. Gostei muito do comentário de meu irmão mais novo Casca. Lembro muito quanto surfávamos - eu, Casca, Laca, Bita, Bocão, Negreti, e claro Joca Fernandes não podia faltar para nos dar apoio. Para nós a Praia Brava, bem como a frente do Edifício Embaixador, era nosso "point".
Para mim a maior lembrança, éramos nós as 06:00 horas da manhã na Praia Brava surfando e as 11:00 horas fazendo almoço na praia com arroz, tatuíra, banana e palmito. Lógico que tirávamos um sono e o final da tarde era na frente do Edifício Embaixador, até o anoitecer.

Sds - Gilmar "Quati" Fabris

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Por: Dr. Mauricio Coimbra (Casca)

Galera cambojana, a segunda prancha de surf de Itajaí foi minha, a primeira foi do Mario Carneirinho e Pauleti. Surfei em Camboja em 1974, junto de Gilmar Fabris, Laca e Bocão. O Davizinho Husadel esperava a gente surfar para pedir nossas bóias emprestadas. Ari Bussetti, Havaiano e por ai vai. Hoje promovo eventos de surf em Barra Velha junto com Sérgio André e tive o prazer de reencontrar velhos amigos cambojanos (Didi Olegário, David Husadel, Ari, Ícaro...) todos da segunda geração do surf da cidade. Tínhamos uma casa na rua 1500 e depois apto na beira mar próximo à pista de skate. Detalhe: meu quarto dava de frente para o mar...Cresci, casei, me mudei, minhas duas filhas são cambojanas nascidas no Santa Inês. Neste encontro eu vou para ver e rever os amigos, né seu Élder Leão...

Abraços,
Dr. Mauricio Coimbra (vulgo CASCA)

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Por: Júlio Wollinger

O Bodyboard também marcou época em Balneário Camboriú com a ACAMBODY, Associação Camboriú de Bodyboarding, fundada em 26 de Novembro de 1987 pelas irmãs CRISTIANE SOBE ( TITI) e TATIANA SOBE (TATI), com o Cacharrel que destruía nos campeonatos na década de 80 e com o free surf nosso todos os dias na Praia do Côco e no Marambaia.

Começamos pegando jacaré na Praia do Côco e depois apareceu uma pranchinha chamada Morey Boogie. Meu irmão José Carlos comprou e fomos testar ela na Praia do Côco e não é que era legal...Cara era o dia todo na água. Desde aquele dia em 1985 nunca mais abandonei o bodyboarding e hoje me orgulho de ser CAMBOJANO e presidir a ACAMBODY, trazendo diversos eventos e fazer parte da história do bodyboarding brasileiro e de Balneário Camboriú. VIVA O SURF E O BODYBOARDING!, afinal se tá na onda tá no sangue.

Mas a minha história também se entrelaça com o surf de Balneário Camboriú , da AQUALÍNEA fábrica de prancha do GENINHO, que era do lado de minha casa na rua Suíça, no bairro das Nações, dos amigos Sagui, Saulo Lyra, Roni Lazzari, James Santos, da galera do surf na sorveteria Roma, dos acampamentos em 4 ilhas, Mariscal, do Beto da Calibre, a galera do Marambaia, Sidney Orsy, Eduardo Amorim e do amigo eterno Cristóvão (CRISJP), da RAMPA DE SKATE da frente da fábrica do Cristóvão, do GERT e da casa dele perto do "Maramba", do ROLF MULLER... cara são muitas histórias e muitas lembranças. Lembro da fábrica da SKIP FREE, da Marbella do PAULINHO PÉ PEQUENO. Mas é muito bom saber que tudo isso ainda esta vivo na memória , muita gente nos deixou mas a história de cada um pode ser contada por nós que ainda estamos aqui.

Abraços.

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Por: Sidnei Orsi

Dae Klaus!

Sem palavras, pois tá muito show esse site e tudo o que vocês estão fazendo em prol do surf e as amizades cambojanas, estou impressionado com as fotos das antigas e as declarações cambojanas! Que "du caralho", estou muito feliz em ler e rever essas fotos, me dá vontade de mostrar a todo mundo que não curtiu esses tempos, pois se contar ninguém acredita né!!

Pois é, nós temos raça, vontade e fizemos, cada um do seu jeito e com suas habilidades, fizemos acontecer e não esperamos pelos outros, por isso e muito mais é que somos diferentes e ninguém entende. Somos apenas sonhadores Cambojanos!

Abraços, Sidnei Orsi

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Por: Didi Olegário

Bom, melhor que ser Cambojano e ser filho de colonizadores Cambojanos, 5a. geração, filho dos primeiros Açorianos à pisarem o pé em Balneário Camboriú, verdadeiros pescadores natos, desbravadores do Baldeco. BAITA ORGULHO! Nunca fui pescador, mas a água salgada estava na veia. Então, em  1988, começou tudo com uma prancha de isopor, depois a primeira de fibra, uma Atlântico Sul 5´8" do Malhado Tree Fins, em frenta ao antigo Pão de Açucar, daí  migrei para o Roma e depois o Centro.

Tempo bom aqueles, e aos amigos da época eram o Mickey, Mario Tetto, João Pereira, Guto Ramos, o Greco, Dado, Jofrey e mais uma galera da Vila Real (Rona, Marquinho, Roberto...). Bilo, Ícaro, Fischer, entre outros, eram as referências.

Balneário realmente é uma Benção de Deus, privilégio igual é para poucos. OBRIGADO SENHOR!

DEUS ABENÇOE A TODOS.....

José "DIDI" Olegario Bacca Junior
Nascido em 1976 - Balneário Camboriú - SC

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Por: Juliano Zomer

O culpado (como diz minha mãe ), por eu ter subido pela primeira vez numa prancha é Cambojano nascido e criado. Como ele tinha prancha e estávamos juntos na casa de praia do pai dele em Gravatá (Navega), ele foi quase que "obrigado " a me ensinar... Era inverno de 1987, eu tinha recém completado 13 anos. Rafael Brand, vulgo Rapinga , tinha acabado de ganhar uma Hot Stick 5'8" toda reluzente, comprada na Modelar. Roupa de neoprene para garotos da nossa idade era artigo de luxo, os valores dos equipamentos um tanto proibitivos.
Mas não teve jeito, mesmo passando muito frio nas primeiras quedas, o vírus do surf me pegou e nunca mais me largou.
Daí em diante iniciei um "terrorismo " total na família, para que fossemos morar em BC. Dois anos mais tarde depois de muitas conversas e tentativas de convencer o meu velho de que morar em BC seria ideal, por sua posição geográfica (localizada bem no centro do litoral catarinense, meu velho que era representante comercial estava no meio do caminho para qualquer lado que precisasse viajar), chegamos de mala e cuia, na Maravilha do Atlântico. Foram os melhores anos da minha vida .

Os amigos se multiplicaram, os ídolos do surf de BC (Bilo, David, Ícaro, Saulo, Teco, Fabiano Fischer...) passaram a ser os meus ídolos também. O melhor de tudo era que os caras estavam sempre por perto dividindo o outside do Centro, Marambaia ou Praia Brava com a gente que era moleque. Quando meus velhos resolveram ir embora pra Curitiba (em 93), o Cristóvão Cris JP, convenceu meu velho (na lábia) a me deixar morando em BC com ele, pra eu não parar com o surf.

Fiquei mais um ano morando na casa do Cris JP, onde aprendi entre muitas coisas a consertar uns malhos, lavar louça, arrumar a minha cama, varrer a casa, e outras pequenas coisas que enquanto se tem a mãe por perto, não temos interesse em aprender. Dividíamos as tarefas da casa e surfávamos praticamente todos os dias (O Pepe também morava consoco). Mas logo depois o Cristóvão se casou, formou família e "ä ratalhada ", como ele mesmo dizia, teve que vazar. Fui embora pra casa dos velhos em Curitiba, mas o máximo que eu conseguia ficar longe de BC era uma semana...

Depois, bem mais recentemente, em 99, trabalhei na sucursal do jornal ANotícia em Itajaí (aí já casado e com filho), voltamos a residir na City. Em 2000, minha filha Bruna, nasceu no Santa Inês, essa sim é Cambojana de verdade! rsrsrsrs....Até 2002, ainda residi em BC, mesmo quando o novo trabalho, agora em Jaraguá do Sul, me forçava a passar mais dias fora do que em casa. A vontade de estar em BC , é e sempre foi muito grande.
A companhia dos verdadeiros amigos me faz falta, o cotidiano da cidade, as caminhadas no calçadão, as conferidas na condição do mar, tudo é motivo para sentir saudades.

Quando recebi o convite para o primeiro encontro (2004) a sensação de alegria foi indescritível. Foi um dos maiores presentes que recebi dos amigos de BC. O reconhecimento, de que mesmo estando fora da cidade, ainda era considerado "da casa".

Sou Cambojano. Não de nascimento, mas por opção.
Escolhi essa cidade para ser a minha cidade, por conta de tudo que o surf e as amizades de BC representam na minha vida.


Juliano Zomer (35 anos , 22 de surf , a maioria deles em BC) .
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Por: Harry Werner

É galera, 36 anos de Balneário e 25 anos de surf, quanta coisa boa. Surfar no inverno no pêlo e depois fazer fogo na areia para poder se esquentar.
Ninguém passava fome, sempre tinha uma goiabeira para matar a fome. A Praça nas noites de verão, o Santo "JUAN" que "pindurava" as geladas prá galera no BATURA (mais duro do que a gente, mas o gringo sempre aliviava). João Goulart e o Guadalajara (ai de quem jogasse aquela bola para fora). O rango do Meu Cantinho, só prá quem tinha mais grana.
A gente mora no sonho de quase todos, "GRAÇAS A DEUS"!!!. BALNEÁRIO ERA E SEMPRE SERÁ DEMAIS!!!

Harry Werner  (e como o Klaus quebrou meus galhos na época das competições, hehehe..  VALEU KLAUS!!!).

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Por: David Husadel

Camboja era o Mundo. Tudo era possível, ir nadando para a Ilha, comer búzios e mariscos. Praia do Côco, Parcel, ou nos finais de semana ir com uma turma de bicicleta para Laranjeiras, Taquaras e Estaleiro. Descer o Morro dos Cavalos de skate na madrugada. A rampa de skate do Sagui em frente ao Edifício Embaixador. Baturite. A Leninha de Navegantes e de Todos. O escolar da Praiana e do Presalino. A kuka de banana na saída do Salesiano. O terral todos os dias pela manhã, praia vazia, só alguns comparsas. O Universo era nosso. Foi assim que abrimos nossas mentes para acreditar que tudo era possível, inclusive ganhar as baterias dos caras de São Francisco do Sul (Caxito,  Gugui,..), dos caras de Florianópolis (Lima, Bita, Xandi, Bichinho, Flávio, os gêmeos Ratinhos, Duduca, Marcelo,..), dos caras de Garopaba (Irmãos Sefton, Darci,...), dos caras de Imbituba (Neno, Jone B. Good, Perdigão, Arnaldo Spyer,.). Estes eram mole, foda mesmo era ganhar do Bilo.

David Arruda Husadel
46 anos, 35 anos de surf.
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Por: Saulo Lyra

Tudo começou nos anos 80, quando iniciamos nossas investidas aos campeonatos em Floripa e São Chico, logo ficou claro que as 2 potências de surf catarinense teria que ceder seus trono aos loirinhos Cambojanos.
Tanto o circuito ANOCAS quanto o Catarinense foi invadido e DOMINADO pelos Cambojamos,  hehehehe.
Lembro-me daquela época em que íamos com o ônibus do Hotel Marambaia (terror dos outros surfistas) e passávamos o rodo, assim como é até hoje. Esse sentimento é antigo, atual e futurista. Defender BC é orgulho e privilégio que alguns surfista tem, e ou muitos sonham em ter, pois aqui é terra de CAMPEÕES ...
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Por: Charles Padaratz

Galera,

Sou um cara que já viajou por muitos países, não surfando, mas trabalhando. Conheço cidades desde Nairobi a Dubai e Sidnei, e cada vez que eu volto para casa, mesmo vendo muitas belezas por onde andei, ainda não achei um lugar que eu trocasse por Balneário Camboriú. Além da nossa beleza, nível de vida tranquilo, e uma cidade que apresenta quase tudo de uma grande metrópole, tem uma galera que vive aqui que vale ouro. Basta uma caminhada na praia, e você cumprimenta muita gente, quase todos se conhecem. No mundo lá fora, as coisas são muito impessoais e formais....realmente, nossa terra, mesmo com alguns problemas é:

A MARAVILHA DO ATLÂNTICO, como diz meu Amigo Luiz Carlos TIGRÃO.....

Valeu galera.